“Amores Solitários” estreia na Netflix: Mais uma comédia romântica em um destino exótico para uma noite de sexta-feira?

Amores Solitários - Netflix
Martin Cid Martin Cid

“Amores Solitários” é um filme estrelado por Laura Dern e Liam Hemsworth. Foi escrito e dirigido por Susannah Grant.

As comédias românticas ambientadas em cenários exóticos assemelham-se bastante às festas de fim de ano: todas possuem similaridades com pequenas variações, mas, de algum modo, continuam a nos cativar ano após ano, filme após filme, repetindo o mesmo padrão previsível.

“Amores Solitários” é uma dessas produções que, ao seguir repetidamente a mesma fórmula, não deixará marcas duradouras em nossa memória após a sua visualização. Trata-se de uma obra completamente clichê, que respeita fielmente os padrões estabelecidos do gênero, com dois atores renomados em um cenário encantador.

Vamos ser sinceros: com a quantidade de vezes que este esquema foi reproduzido, ele foi aperfeiçoado a tal ponto que é quase impossível dizer algo novo sobre essas histórias.

O enredo nos conduz a um retiro para escritores, onde uma autora cansada de tudo e pouco sociável (interpretada por Laura Dern) encontra um bancário que se sente deslocado em um retiro dedicado exclusivamente a romancistas (vivido por Liam Hemsworth).

Entre o tédio, a hospitalidade dos locais e a exótica paisagem… uma coisa leva à outra e surge aquilo que chamamos de atração entre os sexos opostos.

“Amores Solitários” apresenta personagens mais ou menos convincentes que conseguem adaptar suas histórias ao esquema genérico deste tipo de produção. Os atores demonstram química e sabem atuar (disso ninguém duvida), o roteiro é bem escrito e desenvolve corretamente os tempos necessários… Tudo está nos conformes.

Mas, será que surpreende, chama a atenção ou nos faz querer assistir novamente? Definitivamente não. “Amores Solitários” se torna, por força da necessidade intrínseca do próprio gênero, apenas mais um produto que, embora não seja ruim, contribuirá para aumentar a lista de comédias românticas exóticas. Funcionou para William Wyler em “A Princesa e o Plebeu” (1953) e o esquema foi repetido e aprimorado ao longo do tempo.

Como é de praxe na plataforma de streaming, há também uma mensagem aqui: a idade não importa. Desta vez, a mensagem é mais ou menos clássica e está em sintonia com a linha social da plataforma e do público que ela deseja atrair.

Como filme, “Amores Solitários” acrescenta pouco ao gênero e ainda menos ao cinema em geral, tornando-se apenas mais um produto para consumo rápido e esquecimento ainda mais rápido.

Desfrute, porque até na duração é genérico: uma hora e meia.

Onde assistir “Amores Solitários”

Netflix

Lonely Planet | Official Trailer | Netflix

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