“Irmã de Neve” é um filme de Natal norueguês dirigido por Cecilie A. Mosli, estrelado por Jan Sælid e Celina Meyer Hovland. Foi dirigido por Cecilie A. Mosli.
A Netflix lança mais uma produção norueguesa de fim de ano, desta vez apostando em um prato que mistura o doce tradicional com um toque amargo. “Irmã de Neve” chega à plataforma prometendo ser uma alternativa às típicas comédias natalinas açucaradas.
Um Conto de Natal Nem Tão Feliz
O filme narra a história de Julian, um garoto que acaba de perder a irmã e encontra consolo na amizade com Hedvig, uma menina solitária obcecada pelo Natal. Juntos, eles constroem um boneco de neve em forma de irmã, misturando realidade e fantasia em uma narrativa que flerta com o sobrenatural.
Neve com Pitadas de Melancolia
“Irmã de Neve” se equilibra precariamente entre o espírito natalino clássico e uma abordagem mais madura. A direção opta por um ritmo lento e diálogos que não temem tocar em temas como luto e solidão. É como se alguém tivesse derramado um pouco de café amargo no tradicional chocolate quente das festas.
O filme tenta ser o milagre de Natal que promete, transformando a tristeza em esperança. No entanto, por vezes, a narrativa parece tão hesitante quanto um patinador iniciante no gelo, sem saber se avança para o drama ou recua para o conforto dos clichês natalinos.
Nem Tudo Que Reluz é Ouro (ou Neve)
Enquanto a produção se esforça para não ser mais uma “empalagosa e quase intratável película de Natal”, acaba caindo em sua própria armadilha. A tentativa de ser diferente resulta em um produto que, paradoxalmente, se torna previsível em sua imprevisibilidade.
A fotografia e a ambientação capturam bem o clima nórdico, mas a direção de arte parece ter economizado nos enfeites, resultando em cenas que às vezes parecem tão vazias quanto uma árvore de Natal no dia 26 de dezembro.
Veredicto: Um Presente Modesto
“Irmã de Neve” é como aquele presente de amigo secreto que você não pediu, mas também não se decepciona completamente ao abrir. Não é exatamente o que você esperava, mas tem seu charme peculiar.
Para os espectadores cansados das comédias natalinas hollywoodianas, este filme norueguês pode ser uma opção refrescante, ainda que não revolucionária. É um lembrete de que, assim como na vida real, nem todo Natal precisa ser perfeito para ser significativo.