Netflix lança Ladrões de Ouro, uma lenda de bandidos tailandeses em uma epopeia que mistura gêneros

13/08/2025 7:08 AM EDT
Ladrões de Ouro
Ladrões de Ouro

A mais nova produção original da Netflix, Ladrões de Ouro, combina drama histórico, ação inspirada no faroeste e folclore tailandês. Ambientado no sul da Tailândia após a Segunda Guerra Mundial, o filme conta a história de um fora da lei lendário em uma missão de rebelião e redenção. Dirigido por Wisit Sasanatieng e coescrito pelo ator principal Phetthai Vongkhamlao, o longa revive uma lenda local unindo precisão histórica e um estilo visual marcante.

A trama acompanha Ko-Wah Thungsong, um bandido-justiceiro real do sul da Tailândia, frequentemente comparado a Robin Hood. Phetthai Vongkhamlao, também conhecido como “Mum Jokmok”, interpreta o personagem com uma mistura de carisma e intensidade. Inspirado em eventos reais e em conversas com o verdadeiro Ko-Wah, hoje idoso, o roteiro transforma essa lenda em uma narrativa que mescla dever patriótico e vingança pessoal.

Ladrões de Ouro
Ladrões de Ouro

No final da década de 1940, Ko-Wah elabora um ousado plano para assaltar um trem do exército japonês carregado de ouro roubado. Para executar a missão, ele reúne um grupo de jovens fora da lei: Jong Lansaka (Thiti Mahayotaruk), um atirador de elite; Yada Nopphitam (Chingduang Duijkers), uma destemida franco-atiradora de besta; Dum Sichon (Ophaphoom Chitapan), um boxeador habilidoso; e Mont Ronphibun (Na Chat Juntapun), um especialista em explosivos. A diversidade de habilidades e a cumplicidade entre eles sustentam tanto as cenas de ação quanto os momentos mais leves.

O enredo ganha complexidade quando Ko-Wah reencontra Luang Arun (Weerayut Nancha), um ex-aliado cuja traição mudou o rumo de sua vida. Paralelamente, o romance entre Jong e Chompen (Punpreedee Khumprom Rodsaward), filha de Luang Arun, coloca em xeque as lealdades e aumenta a tensão dramática.

Visualmente, Sasanatieng aposta em cores saturadas, enquadramentos estilizados e um tom de “faroeste caricatural” impregnado de elementos da cultura do sul da Tailândia. As sequências de ação misturam efeitos práticos e CGI, equilibrando o espetáculo com a autenticidade histórica. Figurinos e cenários recriam com precisão a Tailândia rural dos anos 1940, complementando a estética lúdica da produção.

A obra integra a estratégia de expansão da Netflix na região Ásia-Pacífico, levando uma lenda do sul da Tailândia a um público global. Os temas de justiça, resistência e solidariedade comunitária se entrelaçam com referências dialetais e folclóricas locais, preservando a identidade cultural e alcançando, ao mesmo tempo, ressonância universal.

A parceria entre Phetthai e Sasanatieng representa um marco para o cinema tailandês na era do streaming. O duplo papel de Phetthai, como ator e coautor do roteiro, demonstra seu compromisso com a valorização da narrativa nacional, enquanto Sasanatieng revisita a fusão entre faroeste e ação que consolidou sua carreira. O elenco, formado por atores experientes e novos talentos, oferece uma amplitude interpretativa que vai do drama à ironia.

Com perseguições a cavalo e de motocicleta, lutas sobre trens em movimento, cenas íntimas de vida em aldeias e toques musicais inspirados no folclore local, Ladrões de Ouro combina espetáculo e profundidade emocional. O filme mantém um núcleo humano nas relações entre os integrantes do grupo e nos ideais que motivam sua luta.

Ladrões de Ouro já está disponível na Netflix em todo o mundo, com estreia em 21 de agosto de 2025.

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