O Novo Filme da Netflix, ‘Brick’: Um Suspense de Ficção Científica em Guerra Consigo Mesmo

Um Relacionamento Encurralado por uma Premissa de Alto Conceito
10/07/2025 3:50 AM EDT
Brick - Netflix
Brick - Netflix

No novo filme alemão Brick, um casal acorda e descobre que seu prédio foi inexplicavelmente emparedado durante a noite por uma parede misteriosa e impenetrável. Essa premissa de alto conceito, que lembra as clássicas histórias de “caixa de quebra-cabeça”, serve como base para um suspense de ficção científica que estreou na Netflix. Estrelado por Matthias Schweighöfer e Ruby O. Fee, o filme usa seu cenário claustrofóbico para explorar um relacionamento sob extrema pressão.

O Núcleo Emocional Sob Cerco

No centro da narrativa está a dinâmica tensa entre Tim (Schweighöfer), um programador de jogos viciado em trabalho, e sua parceira Olivia (Fee), uma arquiteta. Suas vidas são assombradas pela perda de um filho no passado, um trauma que os afastou. Tim se refugiou em seu trabalho, enquanto Olivia fez uma tentativa desesperada por um novo começo, largando o emprego e comprando um trailer para uma fuga que talvez nunca aconteça. O súbito aparecimento da parede física atua como uma forte metáfora para as barreiras emocionais que eles construíram entre si. Os momentos mais impactantes do filme são encontrados neste drama humano, amplificados pelo fato de que Schweighöfer e Fee são um casal na vida real. A química autêntica deles ancora a história, conferindo um realismo palpável às interações de seus personagens, especialmente em uma cena de discussão explosiva notada por sua autenticidade.

Brick
Brick

Um Elenco de Cativos

A história se expande para além do casal central à medida que eles quebram paredes e pisos, encontrando seus vizinhos e formando uma relutante comunidade de sobreviventes. O elenco representa um espectro de reações à crise. Frederick Lau e Salber Lee Williams interpretam um casal que proporciona momentos de alívio cômico, teorizando que estão em uma “sala de fuga perversa” de dentro de seu apartamento berrante e iluminado por neon. Uma perspectiva mais cautelosa vem de um homem idoso e armado (Axel Werner), preso com sua neta (Sira-Anna Faal). O grupo é completado por um policial com mentalidade conspiratória (Murathan Muslu), que defende a ideia de que a parede não é uma prisão, mas uma forma de proteção contra uma catástrofe maior que se desenrola do lado de fora.

Um Filme Dividido Contra Si Mesmo

Brick é a visão singular de Philip Koch, que atua como roteirista, diretor e produtor. Esse controle criativo unificado resultou em um filme que dividiu drasticamente a opinião da crítica, em grande parte porque luta para conciliar suas duas metades distintas: o drama de relacionamento íntimo e o mistério de ficção científica abrangente. Enquanto os elementos dramáticos centrados em Tim e Olivia são frequentemente elogiados como o ponto forte do filme, os componentes de suspense atraíram críticas. Muitas análises apontam para um mistério pouco desenvolvido com motivações de personagens incoerentes e uma conclusão apressada e insatisfatória. O ritmo tem sido um ponto particular de discórdia, descrito por alguns como ágil e divertido, no estilo de um filme de desastre clássico, e por outros como dolorosamente monótono e lento. O resultado é um filme que parece confuso, priorizando a jornada emocional do casal em detrimento da premissa de suspense que o contém. Algumas avaliações também observam que a dublagem em inglês pode prejudicar a naturalidade das atuações originais em alemão.

Produção e Lançamento

Brick é uma produção alemã da Leonine Studios, Nocturna Productions e W&B Television. A direção de fotografia do filme é de Alexander Fischerkoesen, com trilha sonora composta por Anna Drubich.

O filme foi lançado em 10 de julho de 2025.

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