Seth Rogen protagoniza esta sátira sobre Hollywood e o caótico mundo da produção cinematográfica: uma comédia excêntrica que nos oferece um retrato mais divertido do que ácido sobre Hollywood, a excentricidade e o caos humano que cercam a produção de qualquer filme.
A engrenagem de Hollywood é exposta de forma bem-humorada e, claro, com muito ritmo e senso de narrativa.
Um dos aspectos mais impressionantes de “O Estúdio” é sua incrível lista de estrelas convidadas. A série conta com um verdadeiro “quem é quem” de Hollywood, com aparições de aclamados diretores como Martin Scorsese e Ron Howard, atores de primeira linha como Charlize Theron e Zoe Kravitz, e até executivos da indústria como Ted Sarandos. Todos estão ótimos e são vistos interpretando estrelas de Hollywood. Aliás, Scorsese está em plena forma.
No centro da série está Matt Remick, interpretado pelo próprio Seth Rogen, que assume o papel de recém-nomeado chefe da Continental Studios.
Enredo
A premissa da série é uma deliciosa receita para a comédia: À medida que os filmes lutam para manter sua relevância em um cenário de entretenimento em constante mudança, Matt e sua equipe de executivos devem navegar por suas próprias inseguranças enquanto lidam com artistas narcisistas e apaziguam os chefões corporativos. Cada decisão, desde o elenco até o marketing, torna-se uma aposta arriscada que pode resultar em um sucesso estrondoso ou em um desastre que acabe com suas carreiras.

O elenco
Rogen, que desempenha múltiplas funções como ator, produtor, diretor e roteirista, lidera um elenco estelar que inclui veteranos da indústria como Catherine O’Hara, Ike Barinholtz, Kathryn Hahn e a estrela em ascensão Chase Sui Wonders.
A Apple TV+ lançou dois episódios
A estreia da série consiste em dois episódios, que estabelecerão o tom do que promete ser uma montanha-russa pelos altos e baixos da produção cinematográfica. No primeiro episódio, veremos Matt Remick assumir as rédeas da Continental Studios e enfrentar imediatamente um projeto que ameaça humilhação pública. O segundo episódio mostra as complexidades das filmagens quando uma cena aparentemente simples do pôr do sol se complica por causa do cenário.
Nossa opinião
Lembram daquele filme de Robert Altman chamado “O Jogador”? “O Estúdio” brinca um pouco com isso, mas sem o lado thriller. A série é uma comédia pura que nos leva às entranhas de Hollywood e joga o tempo todo com o fascínio pelo mundo do cinema e seus bastidores.
Oferece uma visão brilhante além do superficial? Não parece ter sido a intenção dos criadores, mas sim oferecer um entretenimento divertido e, de passagem, homenagear o Hollywood mais clássico, que agora tenta sobreviver entre as plataformas de streaming.
Uma série com um ar um pouco retrô, quase uma homenagem ao Hollywood clássico, quando os filmes eram rodados lá, em Los Angeles… um retrato sobre a excentricidade dos profissionais que fazem filmes e sobre a extravagância de Hollywood que, no entanto, fica no superficial e neste retrato mais leve da engrenagem da indústria cinematográfica.
“O Estúdio” agrada, diverte, mas não chega a apaixonar nem a oferecer nada novo. Outra produção cinematográfica, desta vez em forma de série, do cinema que fala sobre o próprio cinema e sobre o fascínio de fazer filmes entre o que realmente importa para todos: o dinheiro.
E é que, no fundo de toda a série, está o grande dilema: é possível fazer algo artístico com orçamentos de bilhões de dólares em um caos desordenado de egos descomunais? Essa luta entre o material e o artístico parece centrar o discurso central da série.
“O Estúdio” entretém e diverte, sendo uma magnífica produção em termos de ritmo e estética. Repleta de estrelas, agradará aos fãs de cinema, mas parece que, quanto a nos contar uma história interessante ou aprofundar os personagens, fica um pouco aquém.
Onde assistir “O Estúdio”