“O Amanhã e Eu” é uma série da Netflix criada por Paween Purijitpanya, Pat Pataranutaporn e Jirawat Watthanakiatpanya. É estrelada por Abhichoke Chandrasen, Panuwat Denice Inthawat e Pat Pataranutaporn.
A Netflix acaba de lançar uma nova série tailandesa que promete agitar o cenário da ficção científica. “O Amanhã e Eu” apresenta quatro episódios independentes que abordam temas controversos relacionados à tecnologia e seu impacto em nossas vidas. A produção tem sido comparada à aclamada série britânica “Black Mirror”, mas com um toque tailandês que a torna única.
A série mergulha em questões éticas profundas, começando com um episódio que explora a clonagem humana. Uma cientista falecida é clonada para completar um trabalho crucial que poderia salvar milhões de vidas. No entanto, seu marido decide criar uma versão ligeiramente diferente dela, levantando questões sobre identidade e livre-arbítrio.
O segundo episódio aborda a inteligência artificial em robôs sexuais, questionando se máquinas podem desenvolver consciência própria. Já o terceiro traz um monge budista desafiando uma IA com seu próprio guia de boas ações, explorando temas de espiritualidade e tecnologia.
O episódio final toca em um assunto particularmente relevante nos dias atuais: o acesso a vacinas durante uma pandemia global. A história segue uma menina participando de um concurso de canto para obter uma vacina, oferecendo uma sátira política mordaz.
“O Amanhã e Eu” marca um avanço significativo na indústria audiovisual tailandesa. Com a entrada da Netflix no mercado, as produções locais têm buscado narrativas mais universais e investido em melhor qualidade técnica. Esta série é um exemplo claro dessa evolução, apresentando uma produção visualmente impressionante e narrativas complexas.
A série não se contenta em apenas entreter. Ela provoca o espectador a refletir sobre como os avanços tecnológicos podem alterar fundamentalmente a natureza humana. Questões como a essência da alma, a ética da clonagem e o impacto da inteligência artificial em nossas vidas são abordadas de maneira inteligente e envolvente.
Embora “O Amanhã e Eu” demonstre ambição e originalidade, é importante notar que a série não é perfeita. Alguns espectadores podem achar que certos temas são tratados de forma superficial devido ao formato de antologia. No entanto, a produção consegue equilibrar entretenimento e reflexão de maneira eficaz.
A série tailandesa prova que a ficção científica de qualidade não é exclusividade dos mercados ocidentais. Com “O Amanhã e Eu”, a Tailândia mostra que está pronta para competir no cenário global de produções televisivas, oferecendo uma perspectiva única sobre questões universais.
“O Amanhã e Eu” é uma adição bem-vinda ao catálogo da Netflix, especialmente para os fãs de ficção científica em busca de novas vozes e perspectivas. A série certamente gerará discussões interessantes e vale a pena ser conferida por quem aprecia narrativas que desafiam o status quo e fazem pensar.
Onde assistir “O Amanhã e Eu”