Richard Tuttle: “A Distance From This” revelado na 125 Newbury Gallery

Nova York, NY – 18 de julho de 2024 – A renomada 125 Newbury Gallery tem o orgulho de anunciar “Richard Tuttle: A Distance From This”, uma exposição extraordinária de novas obras do artista sempre inovador que redefiniu continuamente os limites da prática da arte contemporânea desde a década de 1960. Esta última exposição, que apresenta um conjunto de obras concebidas por Tuttle no último ano, segue sua inspiradora viagem à Guatemala em fevereiro de 2024. As novas criações de Tuttle são exuberantes e efêmeras, servindo como contemplações sobre forma, linguagem e memória – elementos que entrelaçam arte e vida de maneiras profundas. “A Distance From This” será exibida no local da galeria em Tribeca, 395 Broadway, de 13 de setembro a 26 de outubro de 2024.

A arte de Tuttle desafia a categorização simples, pois ele mistura perfeitamente elementos de escultura, pintura e desenho em formas híbridas de beleza misteriosa e única. Essas peças celebram a delicadeza e a imperfeição, com suas bordas irregulares e linhas hesitantes que atingem um equilíbrio entre estranheza e ternura. Embora as obras de Tuttle geralmente exalem uma sensação de leveza, elas transmitem simultaneamente um peso quase metafísico. Essas esculturas são como diapasões para os sentidos, revelando gradualmente o invisível para aqueles que se envolvem profundamente com elas.

Utilizando uma variedade de materiais não refinados, como tiras de madeira irregulares, papelão esculpido grosseiramente, planos ásperos de sucata de metal, folhas de papel dobradas ou enroladas, tubos de borracha dobrados, fragmentos planares de isopor, enchimento de algodão, fita adesiva e tinta vívida, Tuttle orquestra uma sinfonia do humilde e do mundano. Sua arte é feita de combinações improváveis, fazendo perguntas sondadoras sobre coesão: Como as coisas se mantêm unidas? Como os ligamentos conectam os ossos aos músculos, permitindo o movimento? “A Distance From This” apresenta uma coleção que não apenas coloca essas questões, mas também investiga o que une um corpo e o que une o universo.

Tuttle alcança uma harmonia única com seus materiais, criando alianças íntimas, porém desconfortáveis. Ele reúne elementos aparentemente discordantes em momentos de abraço inesperado – a borracha encontra o arame, a madeira se funde com o papel. Esses encontros atraem o espectador para um espaço em que o comum se transforma em extraordinário. Tuttle nos envolve nas intrincadas superfícies e interiores de suas obras, convidando-nos a explorar sua pele e cavidades.

Essa exposição na 125 Newbury marca tanto um ponto culminante quanto um ponto de virada na carreira de Tuttle. Sua viagem às ruínas maias na Guatemala, em fevereiro de 2024, deixou uma marca significativa nesse conjunto de obras. A influência da arquitetura maia, rica em escrita e linguagem, é evidente no modo como as esculturas de Tuttle envolvem forma e significado. Ele questiona a natureza de suas próprias criações: “São glifos? Estão relacionados à escrita? Fazem parte de um sistema de escrita? São tentativas de registrar, manter e revisitar? O que é que eles procuram documentar?”

Cada peça da coleção de Tuttle é um testemunho de sua própria criação. Consistente com seu ethos artístico, Tuttle revela o processo por trás de cada trabalho. Cada corte, pincelada, curva, dobra e torção de arame permanece visível, criando um diálogo entre o material e a memória que ele encapsula. A arte de Tuttle convida os espectadores a participarem desse processo, transformando cada peça em uma meditação sobre a conexão indelével entre matéria e memória. No universo de Tuttle, cada obra de arte é uma relíquia de seu criador, um canal para a existência do artista e um mapa que ilustra a distância entre o objeto e o espírito que lhe dá vida.

Nascido em Rahway, Nova Jersey, em 1941, o uso aparentemente simples e direto de objetos e gestos de Richard Tuttle reflete uma atenção meticulosa ao material e à experiência. Rejeitando a precisão do minimalismo, Tuttle adotou uma qualidade artesanal, criando formas que destacam a linha, a forma, a cor e o espaço. Ele resiste a uma categorização rígida, usando o termo “desenho” para descrever obras que, de outra forma, poderiam ser rotuladas como escultura, pintura, colagem, instalação ou montagem. Ao desafiar as restrições tradicionais de material, meio e método, as obras de Tuttle aumentam a sensibilidade perceptiva do espectador. Seu processo criativo, no qual uma série inspira a seguinte, é impulsionado pela busca de criar objetos que expressem sua própria completude.

“A Distance From This” não é apenas uma exposição; é um convite para experimentar as profundas conexões entre arte, memória e o tecido da existência, trazidas à vida pela extraordinária visão de Richard Tuttle.

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