Na Rota do Ouro é uma série italiana protagonizada por Matilda Anna Ingrid Lutz, Michela De Rossi, Ivana Lotito e Marlon Joubert.
“Na Rota do Ouro” é uma série italiana que captura todo o espírito de sua era, imersa no contexto de injustiça, revolução, o confronto entre os justos pobres e os injustos poderosos… e aventuras, bandidos, romances, traições e todos esses elementos clássicos que fazem essas séries serem incrivelmente divertidas e atraentes.
Enredo
Situada em Palermo, após a revolução de Giuseppe Garibaldi, a Itália ainda era um país em formação com uma estrutura ainda por definir. Neste cenário, cada um seguia seu próprio caminho, com suas histórias, misérias e lutas. Alguns se associavam, vivendo à margem de uma lei injusta para muitos, abusiva para os mais desfavorecidos. Nessas circunstâncias, uma mulher das classes privilegiadas precisa se associar a um grupo de bandidos. Por trás disso, o ouro das tropas, dos chamados “camisas vermelhas”. É o início de toda uma história clássica de aventuras, com vilões poderosos e justos bandidos lutando para sobreviver.
Sobre a série
Não é uma superprodução ao estilo Hollywood, fica o aviso, é mais uma série que busca tirar o melhor de si mesma com o que tem disponível: uma história que fala diretamente ao coração e ao espírito da justiça e, sobre uma base muito do século XIX, emprega todos os argumentos da literatura clássica e do cinema de aventuras para nos entregar esta série divertida cheia de heróis e vilões.
Netflix aposta novamente numa história em que elas, as atrizes e heroínas, são as grandes protagonistas. À frente, Matilda Lutz no papel de Michelina, e Michela ed Rossi, que interpreta Filomena. Elas carregam a trama, a força e o vigor de uma série que, sem elas, é muito menos. No que diz respeito aos atores, temos Lorenzo de Moor e Marion Joiubert, em um papel de Schiavone que leva adiante com seu poderoso físico e interpretação. Mas destacamos o papel de Nando Paone, que com sua atuação como Ventre nos oferece aquele papel que toda história precisa, o contraponto necessário para esta narrativa.
Tecnicamente, não é uma superprodução. Não espere Game of Thrones ou uma série com uma fotografia elaborada e magnífica: é uma série cercada pela natureza, incerteza e vegetação que, na falta de um orçamento grandioso, consegue fazer desses cenários um ambiente adequado e, acima de tudo, crível.
Conta com bons personagens e uma boa história de aventuras que, situada no contexto épico da luta pela justiça, consegue entreter e divertir. É um aviso: não se deve ser muito exigente, não se deve esperar muito em termos de câmera porque é uma obra que quer mais enfatizar o lado realista em termos de realização, que não no roteiro.
“Na Rota do Ouro” apresenta uma mistura curiosa e, curiosamente, opta por não arriscar, oferecendo-nos uma história que faz das mulheres as heroínas e protagonistas de uma história de revolução, justiça e aventuras muito clássica. É entretenimento, sim, sem buscar em nenhum momento uma proposta visual, estética ou artística. Uma série para se divertir e se deixar capturar pelos personagens e suas histórias mais do que pela maneira como são contadas.